Como Cultivar Frutas e Hortaliças Sem Quintal

A imagem típica de um jardineiro de vegetais é aquela de uma casa suburbana, com lindos arredores e amplo espaço para cultivar. Na realidade, muitas pessoas que querem cultive seus próprios alimentos não têm um grande jardim ou acesso conveniente a um pedaço de terra. Especialmente nas cidades, viver em uma casa compartilhada ou em um apartamento pode significar que há espaço apenas para alguns vasos de salada perto da porta dos fundos. Então, o que fazer se você deseja cultivar mais alimentos, mas não tem o espaço necessário? Uma opção que está se tornando cada vez mais popular é a ideia de compartilhar o jardim ou quintal de outra pessoa.

A ideia é simples: em qualquer área urbanizada, há muitas pessoas que, por algum motivo, não querem usar o espaço em seus jardins ou que não conseguem administrá-los. Pessoas que estão frequentemente fora de casa não podem se comprometer com a manutenção regular que um jardim exige. Da mesma forma, idosos ou pessoas com deficiências podem desejar que seus jardins sejam utilizados, mas não têm a capacidade física de cuidar deles. Então, por que não conectar esses jardins com pessoas que precisam de mais espaço?

Para o jardineiro, além de encontrar um lugar para cultivar, isso resolve outro problema comum – a distância que se precisa percorrer para chegar ao canteiro de vegetais. Jardins exigem muita atenção regular, e é muito mais fácil gastar 20 minutos em plantas que estão a algumas ruas de distância do que viajar por alguns quilômetros até o terreno mais próximo para aluguel. Não precisa ser perto de casa: algumas pessoas encontram espaço para jardinagem em lugares que precisam frequentar regularmente ou no caminho de volta do trabalho.

Para o proprietário, esse tipo de parceria também traz muitos benefícios. Em vez de pedir aluguel, a produção é geralmente dividida entre as partes, então o proprietário recebe frutas e vegetais frescos gratuitamente. Ter o jardim cuidado é sempre um bônus, e para muitas pessoas, o fato de não precisarem contratar um profissional para cuidar do espaço é uma economia significativa. Além disso, para aqueles que não conseguem sair, pode ser gratificante ter vizinhos (talvez com seus filhos) visitando para cuidar do jardim.

Vários esquemas surgiram para possibilitar esse tipo de compartilhamento de jardim. O desafio é encontrar a combinação certa entre pessoas que precisam de terra e os donos de jardins disponíveis – normalmente, há mais pessoas procurando espaço do que oferecendo seus jardins. Acredito que isso se deve, em grande parte, ao fato de que ainda é um conceito relativamente novo: muitas pessoas estão perguntando onde encontrar terrenos, mas poucos proprietários estão cientes dos esquemas de jardins compartilhados como uma maneira de atender a essa demanda. Há também as implicações legais a considerar: e se o jardineiro se machucar ou se o proprietário não ficar satisfeito com o estado do jardim? Acordos de locação e seguros podem parecer burocráticos demais, mas podem ser preferíveis a deixar que a relação se deteriore por falta de um entendimento claro desde o início.

Jardins compartilhados têm um grande futuro e acredito que se tornarão cada vez mais importantes em áreas urbanas, onde as pessoas querem cultivar seus próprios alimentos, mas não têm acesso a terrenos suficientes. Eles são apenas parte da solução, claro – há uma necessidade real de que políticos e desenvolvedores imobiliários reservem espaços para áreas de jardinagem locais, assim como os jardins da época da Segunda Guerra Mundial ou os lotes comunitários superlotados no Reino Unido. Escolas, grupos comunitários e até alguns hospitais estão dando grandes passos para incentivar as pessoas a jardinarem, e, juntos, essa abordagem comunitária pode ser vista como uma preparação para um sistema alimentar mais sustentável. Jardins compartilhados oferecem melhor aproveitamento da terra, melhor conexão com os vizinhos e melhores alimentos saudáveis – uma combinação vencedora, sem dúvida!

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